quinta-feira, 20 de novembro de 2008.

  • De volta a madrugada.

Quanto tempo não escrevia de madrugada. Quando tempo não ficava assim, com esse silêncio. Bom, nem tanto silêncio assim. Está chovendo. Dá pra escutar a chuva, está fininha, leve e tranquila. Assim como eu.

Por um momento até dá pra esquecer quantas decisões preciso tomar, e o tanto que essas decisões têm interferido em mim. Mas adiar pra quê? Amanhã vou acordar e lá estão elas, esperando para serem decididas. Mas e porque não fingir ao menos por uma noite que tudo está ok. Não há nada para se resolver, e que as coisas estão acontecendo naturalmente!??!

As pessoas fingem tanto. Porque hoje não posso? Ah eu quero. Quero esquecer que tenho pessoas dependendo de minhas decisões. Esquecer que amanhã vou acordar bem humorada, chegar ao trabalho e encontrar com aquela pessoa com energia ruim. Esquecer que há tanta confusão no meu coração e mais ainda em minha cabeça.

Ahh eu quero esquecer que por mais que eu tente, não vou conseguir abraçar o mundo sozinha, meus braços são tão pequenos, as mãos mais ainda. Preciso entender e esquecer, e também esquecer de tentar entender.

São tantas vontades. Tantas saudades. Como é grande as coisas que quero. Nunca fui de me contentar com pouco, e hoje mais do que nunca quero tudo, quero o mundo. Ver daqui de longe tudo o que posso e tudo o que vou ver, me deixa ansiosa. Mas uma ansiedade boa. De saber que pode até demorar um pouco, mas aquilo que realmente é o que quero está próximo, não tanto quanto eu quero e preciso, mas está. E que tudo é uma questão de tempo.

Só o fato de entender que as coisas de hoje só estão me preparando para tudo o que está por vir amanhã, me acalma. E me faz ver mais longe, bem ali, a 60m de distância. Porque é o que eu preciso ver agora, só 60m a frente. Mas só por enquanto.