sábado, 30 de maio de 2009.

Eu passo horas aqui pensando no que escrever, e quando sai é algo no estilo Ctrl C Ctrl V. Terrível!
Olho para trás e relembro meus antigos blogs, quem me acompanha desde o Loira em fuga, nota com uma imensa facilidade que nada é como um dia foi. E que poderiamos dizer que eu não só mudei, como eu me reinventei.
É como se eu pudesse dividir o que eu era e o que eu sou. O que eu queria e o que eu quero.
Poucas coisas e pessoas restaram do passado. Pouquíssimas.
Saudades? Não. Não sinto de nada nem de ninguém. Talvez só da minha antiga capacidade de ser engraçada e inconsequente.
Saudades só de me arriscar mais, de viver mais.
Porém hoje eu sofro menos. Falo menos. Observo mais. E aprendi que não preciso ter mil pessoas ao meu redor para ser feliz. Com sinceridade, me preservo mais e vivo bem.
A idiotisse de esperar muito das pessoas ainda está aqui.
Sufocante.
Porém, aceito com mais facilidade que eu agiria de uma forma, e que nem todo mundo teria a mesma atitude. Aceito que cada cabeça pensa de sua forma. Cada coração ama do seu jeito. E que por mais que a gente queira, não podemos mudar as pessoas. E nem voltar no tempo para mudar coisas e situações.
"Vivido é vivido, feliz ou infelizmente..."
E assim é a vida.
E assim foi e é a minha vida.
Se tem mais? Se vem mais?
Não consigo dizer. Aliás, o que mais mudou em mim, foi a falicidade de silêncio.
Mais uma vez o silêncio, e uma pontadinha no peito.

segunda-feira, 18 de maio de 2009.

Nenhuma urgência é hoje tão definitiva como reaprender o Amor.
Reaprender a tocar sem ferir,
saber de novo os abraços que não prendem e o olhar que não mancha.

O nosso corpo anseia por espaços de repouso,
onde a luz e o silêncio nos ensinem o seu ritmo,
onde a poesia e a arte nos segredem, serenamente, a beleza.

Nada é tão urgente como a Liberdade
Nada é tão urgente como o Amor.
(Lisboa, Dezembro de 05)
Zé Maria Brito