sábado, 12 de dezembro de 2009.

  • O que eu ganho e o que eu perco, ninguém precisa saber?

Isso aqui vai virar diarinho ok?
Não dá pra ficar fazendo a orelha dos conhecidos/amigos de pinico, e minha terapeuta está longe demais de mim.
Assim como tanta gente.

A distância e a saudade andam me castigando, como nunca havia acontecido antes. E chorar tem sido uma grande constante em minha vida. Talvez eu não me lembre, mas eu era assim antes ou não percebi. Talvez tenha me acostumado com o choro, só que era chorado com alguém, e hoje é chorado sozinho olhando pela janela a chuva que cai lá fora e molha aqui dentro. Quando dei por mim percebi que o molhado na minha blusa não era de chuva, e sim de lágrimas. Preciso secá-las e esconder, sou uma mulher firme e forte. E todo mundo pensa isso, não posso decepcionar.
Mas esconder de quem? Estou sozinha! Começo a rir de mim mesma, que idiota. Posso esconder de todo mundo minha tristeza, menos de mim mesma. Menos do colchão que está no chão com dois travesseiros, menos dos dois travesseiros que vivem molhados, e mais uma vez digo que talvez seja a chuva que molhou.
Me olho no espelho e não reconheço aquele corpo, aqueles olhos, aquela sombra. Quem sou eu?
O que procuro? O que é mais importante agora? Já não existem mais definições, prioridades, decisões.
No fundo tudo está tão vazio, e frio. O calor já não chega mais. Cadê todo aquele brilho? Toda aquela vontade e desejo?
Talvez com o tempo tudo volte ao normal, ou talvez não. Mais uma vez quem poderá dizer será somente o tempo, e já sinto raiva dele. Tudo sabe, tudo resolve, tudo pode. Enquanto eu me sinto uma idiota com mãos e pés atados para sair dessa situação de dor e solidão.

Mas existe algo que me conforta, que apesar de toda dor e mesmo longe, existem pessoas legais que estão comigo. Porque 'enquanto houver você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar'.

Eu sei que nada disso tem muita coerência, mas coerente é uma coisa que eu nunca fui.



Por Loira ainda em Fuga | 05:23 | Comente! (0)